sexta-feira, 7 de março de 2014

No Dia internacional da Mulher

"Se temos de esperar,
 que seja para colher a semente boa
 que lançamos hoje no solo da vida.
 Se for para semear,
 então que seja para produzir
 milhões de sorrisos,
 de solidariedade e amizade".
 (Cora Coralina)

A qual mulher nos referimos, quando se trata do Dia internacional da Mulher?
Estaríamos pensando na dona de casa (que ainda existe nos meios mais simples) à qual ninguém dá muito valor, embora sua família seja alimentada e literalmente cuidada por ela em seu dia a dia?
Estaríamos pensando nas empregadas domésticas (hoje também se tornando raras) que cuidam de nossa infra-estrutura caseira enquanto nossas famílias tratam de suas atividades externas?
Estaríamos pensando nas professoras de ensino básico e médio que cuidam de nossos filhos instruindo-os para a vida?
Estaríamos pensando nas médicas que cuidam (tão bem ou melhor do que os homens) da saúde de todos nós em suas múltiplas especialidades?
Ou estaríamos pensando nas engenheiras, nas matemáticas, nas físicas que cuidam das ciências exatas  em quaisquer campos de pesquisa ou aplicação?
Poderíamos ainda estar pensando nas advogadas, nas filósofas ou nas sociólogas que cuidam dos 
âmbitos éticos e sociais desta vida... o âmbito das 'humanidades'...
Estaríamos pensando naquelas envolvidas na política e que ocupam as mais altas posições antes privativas dos machos? Estas cuidam mais dos próprios interesses, embora façam de tudo para garantirem o contrário. Afinal, política é a arte do possível (e a frase não é minha)!
Poderíamos ter em mente as especialistas em técnicas da informática, da informação ou da publicidade;
Poderíamos ainda estar pensando nas religiosas, nas enfermeiras, nas secretárias, nas garçonetes, nas costureiras, nas dançarinas, nas pintoras ou  nas livres-docentes das universidades;
Ou estaríamos pensando em nossas mães, qualquer que fosse seu campo de atividade?
O denominador comum é que uma mulher está sempre 'cuidando' de algo ou de alguém: porque é o 
que cada uma de nós sabe fazer melhor e quando não sabe, não está bem engrenada em sua condição feminina.
Podemos nos dar bem em qualquer atividade - até nas policiais e militares - mas o papel mais característico de nossa natureza: sim, isso existe, isso se define por nossos hormônios, por nossos óvulos, por nosso lado esquerdo do cérebro, pela rapidez de nossas respostas emocionais por mais racionais que possamos ser, por isso tudo nosso papel mais típico e nossa maior habilidade é a de cuidar de algo ou de alguém no exercício de qualquer coisa.
Sou uma mulher e assumo sem dificuldades o fato de que não sou melhor nem pior do que nenhum homem, mas sou diferente deste ser que pode me complementar, como eu a ele em sua forma de exercer as mesmas atividades.
Portanto, penso que a criatura à qual devemos nos referir e que merece ser homenageada, neste Dia internacional da Mulher, é aquela que procura ser boa no que faz, do jeito que a caracteriza, em seu 'jeito feminino de ser'.

Maria Antonieta de Castro Sá.
   
 

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